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Eleitores de Bolsonaro preparam caravanas para posse que deve reunir 500 mil pessoas

Brasília já se prepara para a posse do 38º presidente do Brasil, Jair Bolsonaro no dia 1º de janeiro e eleitores do pesselista se organizam para acompanhar a cerimônia que, de acordo com o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), deve reunir cerca de 500 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios.
Sputnik

Com esquema de segurança reforçado, a posse de Bolsonaro está trazendo frutos ao setor hoteleiro da capital federal. A ocupação dos hotéis deve chegar a 80%, frente aos 20% nos meses de janeiro "comuns" na cidade. Se cumprido o número de eleitores esperados para a posse do novo presidente, o público será consideravelmente maior que o que acompanhou a posse do ex-presidente Lula em 2003: na ocasião, a polícia estimou a participação de 200 mil pessoas.

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Um dos organizadores das dezenas de caravanas esperadas em Brasília é o comerciante e idealizador do Movimento Direita São Gonçalo, Ronan Guimarães. Em entrevista à Sputnik Brasil, ele contou ter lotado com facilidade o ônibus de 56 lugares que cruzará 16 horas de estrada rumo à capital federal. O público é formado majoritariamente por mulheres. Para o comerciante, o evento "é um momento especial, de transição da política nacional e o Jair Bolsonaro simboliza isso".

"Não é uma posse qualquer, nós estamos fazendo uma transição de característica política, mudando tudo, saindo da esquerda, indo para a direita e pode ser o momento de crescimento do país. É por isso que estamos fazendo este sacrifício, deixando nossa família em casa, abrindo mão das festas para estar na estrada e participar da posse do presidente", afirma.

Ronan vai levar a mulher e os dois filhos — de 1 e 7 anos de idade — para o evento. Ele espera participar de uma "grande festa não de eleitores, mas da família" e diz que o grupo está "muito animado, respeitando as leis como deve ser, mas muito mobilizado".

Mais distante ainda do Distrito Federal está o presidente do PSL Jovem de Pernambuco, Wilker Cavalcante. O eleitor de Bolsonaro também organizou uma excursão com 50 pessoas, a maioria de jovens entre 18 e 30 anos, para a posse. O grupo sai de Olinda no dia 29 e deve enfrentar em torno de 45 horas de viagem até a capital. A expectativa é chegar em Brasília horas antes da virada do ano, um sacrifício que o jovem diz valer a pena.

"Vai ser um prazer participar de um marco na história. Primeiro foi a eleição do nosso presidente e agora a posse. Talvez seja o ponto alto de um aprendizado constante dos nossos jovens, que com pensamento crítico, entenderam que era a melhor solução para o país". 

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Ansioso, Wilker diz animar os parceiros de viagem que pelo grupo do Whatsapp reclamam da demora até o dia 1º de janeiro.

Esquema de segurança reforçado

Por causa do ataque a Jair Bolsonaro ainda nas eleições, não está claro se o presidente eleito desfilará ou não no tradicional Rolls Royce aberto, como é tradição. A expectativa é que 8 mil homens das Forças Armadas e das Polícias Civil e Militar estejam mobilizados para fazer a segurança do perímetro, o dobro do número registrado na posse de Dilma Rousseff em 2014.

Também por questão de segurança, estão proibidos o uso de guarda-chuvas, bolsas, mochilas, garrafas, sprays, apontadores laser, máscaras, drones, objetos cortantes, carrinhos de bebê e animais de estimação. Os shows da dupla Zezé di Camargo & Luciano e do cantor Eduardo Costa — previstos anteriormente — foram cancelados.

A cerimônia também deve ser acompanhada por vários chefes de Estado como o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez e os premiês de Israel, Benjamin Netanyahu e da Hungria, Viktor Orbán, além do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo.

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