"A Venezuela propõe ao governo da Guiana a retomada de negociações diretas, de mútuo acordo, para o próximo ano, e com a assistência do secretário das Nações Unidas (António Guterres)", disse o governo na terceira nota de protesto entregue por Caracas a Georgetown, publicada nesta sexta-feira pelo Ministério das Relações Exteriores, rechaçando mais uma vez as atividades de exploração nos espaços marítimos da Venezuela.
Na noite do último sábado, o Ministério das Relações Exteriores da Guiana disse que a Marinha Bolivariana da Venezuela havia interceptado um navio de exploração de petróleo que operava dentro das águas territoriais do país sob a bandeira das Bahamas e em nome da corporação de petróleo e gás americana ExxonMobil. Caracas, por sua vez, insistiu que não havia um, mas dois navios de exploração de petróleo, e eles haviam cruzado ilegalmente a fronteira venezuelana.
O incidente em questão ocorreu em uma área disputada pelos dois países sul-americanos, o Território Essequibo, desde o final do século XIX. A região tem uma extensão de 159.500 quilômetros quadrados e abriga ouro, bauxita, diamantes, madeira e petróleo.