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Japão está redescobrindo o Brasil e negócios podem aumentar, diz ex-diplomata

No ano em que se completou 110 anos da imigração japonesa no Brasil, o embaixador do Japão, Akira Yamada, disse em uma entrevista para a Agência Brasil que deseja a expansão dos negócios entre os dois países, mas observou que é importante que o "ambiente de negócios no Brasil" melhore.
Sputnik

De janeiro a setembro deste ano, 700 empresas japonesas com escritório ou fábricas no território brasileiro aplicaram cerca de US$ 800 milhões em investimentos no Brasil.

Para Fausto Godoy, professor de Relações Internacionais e que foi diplomata em 11 países da Ásia, o Japão "redescobriu o Brasil" após um período de afastamento pode mesmo retomar os negócios entre os dois países.

"O Japão resolveu reencontrar o Brasil e transformar esse relacionamento em uma coisa muito mais dinâmica usando como sempre um fato muito importante que é uma comunidade empresarial japonesa e principalmente nipo-brasileira que tem todo interesse em transformar esse relacionamento muito mais dinâmico", afirmou.

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Atualmente, os 2 milhões de descendentes japoneses que vivem no Brasil constituem a maior comunidade de pessoas de origem japonesa fora do Japão. Fausto Godoy acredita que esse é justamente um dos principais fatores que podem influenciar no crescimento das relações econômicas entre os dois países.

"Os vínculos que nos unem ao Japão são totalmente diferentes ao meu ver de outros países da Ásia, a comunidade japonesa que está no Brasil ou a comunidade brasileira que está morando ou trabalhando no Japão diferencia o relacionamento do Brasil com o Japão dos demais países da Ásia", disse.

Além dos japoneses e descendentes japoneses que vivem no Brasil, o embaixador lembrou durante a entrevista dos 200 mil trabalhadores brasileiros que vivem hoje no Japão.

Fausto Godoy lembrou também que a parceria econômica entre os dois países não é novidade.

"Na década de 70 o Brasil foi quase que o parceiro privilegiado da América Latina para o Japão, vários projetos em pesquisa financiados pelos japoneses foram estabelecidos no Brasil", completou.

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