Chefe da Comissão Europeia critica a Romênia por ser incapaz de presidir a UE

Em uma entrevista ao canal alemão Welt am Sonntag, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, duvidou da capacidade de Bucareste de assumir a presidência da União, dizendo que "o governo não entendeu completamente o que significa presidir os países da UE".
Sputnik

O principal funcionário da UE apontou que a Romênia está tecnicamente bem preparada, em parte graças à assistência de sua comissão, mas questionou sua capacidade de desempenhar o papel de intermediário diplomático entre os Estados-membros, o que a presidência implica.

“Para negociações judiciosas, você também precisa estar pronto para ouvir os outros e a firme vontade de deixar de lado seus próprios desejos. Eu tenho algumas dúvidas aí”, concluiu Juncker.

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Ele também repreendeu Bucareste por suas divisões políticas internas devido a um impasse entre o presidente do país, Klaus Iohannis, do Partido Liberal Nacional, eleito em 2014, e líder do governante Partido Social-Democrata Liviu Dragnea, que subiu ao poder em 2016. Para Juncker, nessa situação, a Romênia não pode atuar como uma “unidade” que o bloco europeu demanda.

"Uma frente unida é necessária em casa para promover a unidade da Europa durante a presidência do Conselho", disse ele ao jornal alemão.

Mais cedo, o chefe romeno Iohannis admitiu que seu país não estava pronto para a presidência da UE, o que resultou em opositores demandando um processo contra ele por traição.

Os comentários de Juncker provocaram críticas da representante romena do Parlamento Europeu, Maria Grapini, representando os social-democratas, que classificaram o funcionário como "duas caras". Segundo ela, em entrevista à agência de notícias Mediafax, o presidente da Comissão Europeia disse a autoridades romenas em Bruxelas que era estava “claro que a Romênia estava à altura da presidência”.

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