Coalizão liderada pelos EUA matou mais de 1.100 civis na Síria e no Iraque desde 2014

Ataques aéreos da coalizão liderada pelos EUA na Síria e no Iraque resultaram na morte de mais de 1.100 civis desde o início da operação Resolução Inerente em 2014, disse neste domingo a Força-Tarefa Conjunta Combinada da operação.
Sputnik

"A coalizão realizou um total de 31.406 ataques entre agosto de 2014 e final de novembro de 2018. Durante este período, com base nas informações disponíveis, a CJTF-OIR avalia que pelo menos 1.139 civis foram mortos involuntariamente por ataques da coalizão desde o início da operação Resolução Inerente", disse a coalizão em um relatório.

O documento acrescentou que 15 novos relatos de mortes de civis foram considerados confiáveis durante a última avaliação em novembro.

"A coalizão tem trabalhado, com e através de parceiros desde 2014, para derrotar o Daesh, em áreas designadas do Iraque e da Síria, libertando cerca de 8 milhões de iraquianos e sírios do regime brutal do grupo e reduzindo o seu controle do território para aproximadamente 1% do que anteriormente detinha", acrescentou a coalizão.

Número de civis mortos por coalizão dos EUA na Síria e no Iraque chega a 1.061

A coalizão internacional liderada pelos EUA esteve presente na Síria sem o consentimento do governo em Damasco, enquanto Bagdá deu seu consentimento para operações em território iraquiano.

Em 19 de dezembro, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a vitória sobre o Daesh na Síria, acrescentando que a luta contra o grupo terrorista foi a única razão pela qual os Estados Unidos permaneceram no país árabe.

A porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, disse mais tarde que os Estados Unidos começaram a retirar suas tropas do país, mas que a vitória sobre o Daesh não significou o fim da coalizão liderada pelos EUA na Síria.

O conflito armado na Síria tem durado desde 2011. No final de 2017, a vitória sobre o Daesh na Síria e no Iraque foi anunciada. No entanto, a luta contra militantes em algumas partes da Síria ainda está em andamento. No momento, o assentamento político, a restauração da Síria e o retorno dos refugiados são fundamentais para a nação dividida pelo conflito.

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