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Bolsonaro entrega o Brasil em uma 'bandeja de prata' para os EUA, diz Maduro

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que os latino-americanos devem ficar atentos às intenções do novo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, alguém que estaria dando o seu país de presente aos interesses transnacionais dos Estados Unidos.
Sputnik

"Agora com a chegada ao poder — hoje, 1º de janeiro — do governo neofascista de extrema-direita de Jair Bolsonaro, bem, praticamente entregam em uma bandeja de prata o que o Brasil significa na América do Sul, na América Latina, para as transnacionais dos EUA", declarou Maduro.

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As declarações foram feitas pelo líder venezuelano durante uma entrevista oferecida ao jornalista espanhol Ignacio Ramonet, e que foi ao ar na noite de terça-feira pelo canal estatal Venezolana de Televisión.

Maduro declarou ainda que a América Latina é um território disputado, entre o modelo progressista e a extrema-direita e o descreveu como um processo de "triste regressão".

Além disso, ele observou que nos últimos anos houve uma ofensiva "brutal" contra movimentos populares e lideranças alternativas que desde os anos 1990 "confrontaram e desmantelaram o neoliberalismo na América Latina".

O presidente venezuelano sustentou que os projetos de extrema-direita que, em sua opinião, surgiram na região, foram numerados por alguns dias e previram o retorno de governos que ele descreveu como progressistas, mas considerou que eles retornarão "mais radicais".

Os projetos dos presidentes Mauricio Macri da Argentina, Jair Bolsonaro do Brasil e Iván Duque da Colômbia não são viáveis, segundo a visão do líder venezuelano.

"Os projetos que a direita levanta são inviáveis, Iván Duque na Colômbia é inviável, Jair Bolsonaro vai seguir o mesmo caminho, projetos de direita, Macri na Argentina é um homem de renome", avaliou.

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Por outro lado, Maduro também se referiu à produção de petróleo da Venezuela e disse que é uma de suas maiores preocupações, mas ele tem certeza de que "2019 será o ano de recuperação na produção de petróleo".

"Buscamos e defendemos um preço de equilíbrio que favoreça produtores e consumidores, e continuaremos a agir dessa maneira no âmbito do acordo dos países produtores membros da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e não membros da OPEP", comentou o presidente do Palácio de Miraflores, em Caracas.

Em novembro, a produção de petróleo bruto do país caribenho caiu 4,3%, para fechar em 1,13 milhão de barris por dia (mb / d), o que contrasta com os 2,5 mb / d produzidos em 2016.

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