O major-general Aviv Kochavi, o próximo chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel, planejou matar o presidente sírio Bashar Assad por seu apoio ao Hezbollah, segundo o jornal saudita Elaph, comunicou o jornal israelense Jerusalem Post.
Citando um responsável oficial israelense anônimo, Elaph escreveu que, quando era chefe da inteligência militar das Forças de Defesa de Israel, Kovachi se manifestou pela derrubada de Assad, mesmo através do seu assassinato.
Enquanto Kochavi recomendou destruir o regime de Assad que, em sua opinião, poderia trazer calamidades para Israel da parte do Irã e do Hezbollah, o chefe do serviço de inteligência israelense Mossad, Yossi Cohen, "queria um endereço na Síria", ou seja, alguém com quem pudesse comunicar em caso de necessidade, de acordo com o funcionário citado.
Porém, Israel decidiu se concentrar em prevenir a consolidação de Teerã no país alvejando ativos iranianos e do Hezbollah, enquanto "se assegurava que causava danos mínimos ao regime de Damasco", assinalou ele.
Israel tem realizado ataques aéreos contra o território sírio, afirmando ter atacando objetivos militares iranianos e meios de transporte com armamento. Tel Aviv insiste que Teerã transfere armas para o Hezbollah, que depois as usa contra Israel através da República Árabe.
As tensões entre Tel Aviv e o movimento xiita libanês Hezbollah aumentaram em 4 de dezembro depois de as tropas israelenses lançarem a operação Escudo do Norte, destinada a destruir túneis do Hezbollah usados, segundo os israelenses, para canalizar militantes e armas através da fronteira entre Israel e o Líbano.
Israel considera a presença do Hezbollah no Líbano e na Síria como uma ameaça à sua segurança nacional, já que o movimento é apoiado pelo Irã, que é o principal rival de Israel na região.