Exército, Marinha e Aeronáutica veem no governo Bolsonaro a esperança de turbinar seus orçamentos. Para tentar entender essa fé em mais orçamentos vai se concretizar, a Sputnik Brasil entrevistou Gustavo Heck, professor de Defesa, Segurança e Relações Internacionais na Escola Superior de Guerra.
Heck diz que os projetos chaves das Forças Armadas não conseguiram ser concluídos ou continuados devido ao corte de verbas.
"A grande questão das Forças Armadas é que a partir do governo Fernando Henrique os orçamentos militares começaram a sofrer uma séria restrição, vários projetos das Forças Armadas de equipamento sofreram uma solução de continuidade", explicou.
Ele acredita que o governo Bolsonaro vai garantir que esses programas sejam mantidos e aprimorados aumentando o protagonismo das Forças Armadas.
"Não faltarão para as Forças Armadas recursos para esses projetos que são essenciais, sem esquecer na verdade que hoje, as Forças Armadas, são também empenhadas em atividades subsidiárias, especialmente no campo da segurança pública, que também vai ter uma prioridade muito forte no governo Bolsonaro", disse.
O movimento de investir mais nas Forças Armadas, segundo Heck, vem do fato de Bolsonaro ser um ex-capitão do Exército Brasileiro antes de ser parlamentar.
"Não só porque o presidente Bolsonaro, como parlamentar já há muito tempo e conhece bem essas prioridades, atuou fortemente defendendo sempre a posição da necessidade de reequipamento das Forças Armadas sempre foi um defensor intransigente disso, então ele tem um conhecimento de causa muito grande", completou.
Os ministros militares de Bolsonaro são: o almirante Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Júnior (Minas e Energia), o tenente-coronel da Aeronáutica Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura), general Fernando Azevedo e Silva (Defesa) e o general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).