'Inimigos são muito espertos': Índia instala cerca a laser na fronteira com Paquistão

A Índia instalou um sistema de cercado a laser nas áreas vulneráveis ao longo da fronteira com o Paquistão, na tentativa de conter invasões, segundo a edição The Eurasian Times.
Sputnik

De acordo com a matéria, aproximadamente 40 unidades de cercas a laser, elaboradas pelo Centro de Ciência e Tecnologia a Laser (LASTEC), foram instaladas nas áreas vulneráveis da fronteira. 

As cercas a laser consistem de pilares de aproximadamente três metros de altura, que formam uma barragem invisível e agem na qualidade de um dispositivo de alerta.

"Temos cercas elétricas ao longo da fronteira, mas os inimigos são muito espertos", apontou um oficial indiano em entrevista à edição, acrescentando que "eles desenvolveram produtos químicos que são borrifados nas cercas para cortar em dois pontos e conseguir entrar na Índia". 

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O oficial acrescentou que as forças de segurança fronteiriças do país dependem muito das imagens e vídeos gravados por sistemas de vigilância em tempo real.

O sistema de cercados a laser foi apresentado durante uma exposição organizada pelo congresso científico indiano na Universidade Professional de Lovely (LPU). Especialistas do LASTEC revelaram que unidades adicionais, que gravam vídeos diários e noturnos, estão em desenvolvimento.

Enquanto isso, o primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, criticou Nova Deli por não estar pronta para dialogar com Islamabad.

Discursando durante sua visita de dois dias à Turquia, Khan chamou a situação de "bizarra".

"Estamos tentando ter um diálogo. Tentando avançar para um relacionamento amigável com a Índia. Tivemos um impasse com a Índia e a Índia se recusa a conversar com o Paquistão sob a condição de que, até que o Paquistão não detenha o terrorismo, a Índia não falará conosco", ressaltou Khan, acrescentando que, "é uma situação bizarra em que sentimos como vocês podem avançar se não houver diálogo". 

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Em sua primeira entrevista concedida em 2019, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, afirmou que "o governo [indiano] nunca se opôs ao diálogo, mas em meio a ruído de bombas e armas, o diálogo não pode ser ouvido".

O diálogo entre as duas nações cessou em grande parte após ao ataque terrorista de 2016 em uma estação da Força Aérea indiana em Pathankotob. Durante o ataque de 2 de janeiro de 2016, seis terroristas paquistaneses mataram 10 militares indianos e feriram 22. O governo indiano responsabilizou pelo ataque o grupo terrorista Jaish-e-Mohammed, que opera na região montanhosa da Caxemira.

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