Empate de 'bichos-papões': alemães temem tanto os EUA quanto a Rússia, diz pesquisa

Os EUA, aliados estratégicos mais próximos da Alemanha, chegaram surpreendentemente perto do "bicho-papão" chamado Rússia na lista de países que os alemães mais temem, deixando a Coreia do Norte e outros longe do topo, revelou uma nova pesquisa.
Sputnik

Inacreditavelmente, cerca de 55% dos alemães acreditam que os EUA são uma ameaça quase igual ao seu país, como a Rússia, que obteve 56% no último estudo realizado pelo instituto de pesquisas Forsa, informou o jornal alemão Bild. Outros países que costumam dominar as ondas predominantes estão muito atrás.

Por exemplo, apenas 27% dos alemães se sentem ameaçados pela Coreia do Norte, que até recentemente era a principal fonte de notícias relacionadas a armas nucleares. O Estado recluso é seguido pela Turquia (24%) e Arábia Saudita (23%). A China é considerada uma ameaça para apenas 16% dos entrevistados.

Os Estados Unidos, aliado de longa data da OTAN e principal parceiro comercial da Alemanha, intimidam principalmente pessoas de meia-idade, enquanto os alemães disseram que a Rússia era um perigo para a paz internacional entre os jovens de 18 a 29 anos, bem como os de 60 anos.

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A pesquisa fornece um esboço interessante das simpatias políticas dos entrevistados. Os eleitores de direita — com a única exceção do partido Alternativa para a Alemanha (AfD) — tendem a favorecer Washington e temer Moscou, enquanto os defensores dos partidos de esquerda expressam opiniões opostas.

Os alemães geralmente se tornaram menos favoráveis aos EUA, como mostram pesquisas anteriores. Em maio do ano passado, uma pesquisa da emissora ZDF descobriu que 82% dos cidadãos alemães consideravam os EUA um parceiro não confiável, com apenas 14% deles acreditando que sim. Os 4% restantes estavam inseguros.

Em 2017, os Estados Unidos ficaram atrás da Rússia em 4% em uma pesquisa da ARD-Deutschlandtrend que analisou em que país os alemães mais confiavam. Já 71% disseram que não podiam confiar em Washington, enquanto 67% disseram o mesmo de Moscou.

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