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Bolsonaro não se opõe à compra da Embraer pela Boeing

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que o governo não se opõe ao acordo de fusão da Embraer e Boeing, informou Agência Brasil.
Sputnik

O presidente Jair Bolsonaro se reuniu nesta quinta-feira com ministros e comandantes das Forças Armadas e afirmou que o acordo entre as duas empresas não fere a soberania nacional e os interesses do país.

"Reunião com representantes dos Ministérios da Defesa, Ciência e Tecnologia, Rel. Ext. e Economia sobre as tratativas entre Embraer e Boeing. Ficou claro que a soberania e os interesses da Nação estão preservados. A União não se opõe ao andamento do processo", afirmou o presidente no Twitter.

​"O Presidente foi informado de que foram avaliados minuciosamente os diversos cenários, e que a proposta final preserva a soberania e os interesses nacionais. Diante disso, não será exercido o poder de veto [Golden Share] ao negócio", acrescentou a Presidência da República, em nota. 

O governo possui a "golden share" na Embraer, que confere o poder de veto a tipo de negociação em andamento. 

Qual é o impacto da venda da Embraer para os projetos de defesa do Brasil?
Durante a apresentação para o presidente, foi explicado que os projetos na área de defesa serão mantidos, bem como preservação do sigilo e prioridade do governo em definições em projetos de defesa. Haverá ainda a manutenção da produção no Brasil das aeronaves já desenvolvidas e dos empregos já existentes no Brasil. Por isso, o presidente decidiu não exercer o poder de veto.

O acordo em andamento contempla a criação de uma joint venture, na qual a Boeing teria 80% e a Embraer, 20%. Caberia à Boeing, a atividade comercial, não absorvendo as atividades relacionadas a aeronaves para segurança nacional e jatos executivos, que continuariam somente com a Embraer.

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