Ponto mais fraco do exército de Israel é revelado por general aposentado

O major-general Yitzhak Brick, aposentado nesta semana depois de servir como provedor das Forças de Defesa de Israel por mais de uma década, publicou um relatório completo afirmando que Israel está totalmente despreparado para um grande conflito.
Sputnik

Brick continuou criticando duramente os militares de Israel por seus "catastróficos níveis de prontidão" nesta quarta-feira (9), dia em que foi substituído pelo ex-auditor militar Eitan Dahan.

"Se acontecer uma guerra, o trauma da Guerra do Yom Kippur será uma brincadeira em comparação" disse Brick, falando à televisão israelense. Brick se referia à guerra de outubro de 1973 entre Israel e uma coalizão de Estados árabes, que colocou Israel à beira da derrota e quase provocou uma guerra mais ampla entre os EUA e a União Soviética, que apoiavam os lados opostos do conflito.

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Segundo o oficial, atualmente Israel está "formando o exército em uma situação em que pode responder a duas ameaças: Líbano e Gaza. Parece ter havido uma mudança no Oriente Médio, os sírios retornaram. A principal ameaça que não foi levada em consideração está perto de nós. Nosso exército está sendo preparado só para a guerra em uma região e meia".

"Como você constrói um exército sem considerar as mudanças no Oriente Médio? É irresponsável a nível nacional", acrescentou Brick. O militar aposentado disse que sua missão como provedor foi lutar contra as ilusões nas IDF.

"O maior segredo do exército, que eles fazem tudo para manter seguro, é que o que acontece no exército permanece lá. Eles continuavam fazendo isso com um sucesso incrível, até que este Brick veio e acendeu o fogo", disse ele.

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Antes de sua aposentadoria, Brick criticou as Forças de Defesa de Israel sobre o que ele via como um perigoso despreparo para a guerra. Em junho passado, ele referiu a aguda escassez de médicos e psiquiatras, bem como as medidas de redução de gastos, que, segundo ele, tiveram um efeito negativo sobre o moral dos jovens militares.

Brick atribuiu essas falhas à estratégia de reformas de cinco anos de 2015, que reduziu significativamente o número de soldados de carreira para menos de 40 mil e diminuiu o serviço militar obrigatório em três meses para os homens. Segundo ele, essas mudanças causaram perda de motivação.

Uma investigação do Knesset contestou as afirmações de Brick, concluindo no final do ano passado que o exército estava em boa forma e que a preparação operacional tinha "melhorado significativamente" desde a guerra de 2014 em Gaza.

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