Brick continuou criticando duramente os militares de Israel por seus "catastróficos níveis de prontidão" nesta quarta-feira (9), dia em que foi substituído pelo ex-auditor militar Eitan Dahan.
"Se acontecer uma guerra, o trauma da Guerra do Yom Kippur será uma brincadeira em comparação" disse Brick, falando à televisão israelense. Brick se referia à guerra de outubro de 1973 entre Israel e uma coalizão de Estados árabes, que colocou Israel à beira da derrota e quase provocou uma guerra mais ampla entre os EUA e a União Soviética, que apoiavam os lados opostos do conflito.
"Como você constrói um exército sem considerar as mudanças no Oriente Médio? É irresponsável a nível nacional", acrescentou Brick. O militar aposentado disse que sua missão como provedor foi lutar contra as ilusões nas IDF.
"O maior segredo do exército, que eles fazem tudo para manter seguro, é que o que acontece no exército permanece lá. Eles continuavam fazendo isso com um sucesso incrível, até que este Brick veio e acendeu o fogo", disse ele.
Brick atribuiu essas falhas à estratégia de reformas de cinco anos de 2015, que reduziu significativamente o número de soldados de carreira para menos de 40 mil e diminuiu o serviço militar obrigatório em três meses para os homens. Segundo ele, essas mudanças causaram perda de motivação.
Uma investigação do Knesset contestou as afirmações de Brick, concluindo no final do ano passado que o exército estava em boa forma e que a preparação operacional tinha "melhorado significativamente" desde a guerra de 2014 em Gaza.