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'Crescimento exagerado' da previdência e recessão quebraram Estados, diz economista

Em situação financeira delicada, os estados deixarão de pagar cerca de R$ 154 bilhões ao Governo Federal até 2022. No sentido contrário, Brasília já ofereceu pacotes de ajuda com R$ 80,7 bilhões aos estados.
Sputnik

Os dados são do Valor Econômico e a Sputnik Brasil falou com o consultor Raul Velloso para entender o quadro das contas públicas. Velloso é doutor em economia pela universidade de Yale, nos Estados Unidos.

"Os estados estão em uma crise muito difícil, que foi agravada em todos eles pela maior recessão de nossa história. Havia uma previsão de amortizar um pedaço expressivo da dívida nesses últimos anos, coisa que não foi possível para eles fazerem."

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Para Velloso, o Governo Federal deveria ter se antecipado aos estados — que levaram pedidos de refinanciamento de dívidas e adiamento de parcelas ao Supremo Tribunal Federal (STF). Rondônia, por exemplo, ganhou no STF, o direito de parcelar em 24 vezes o pagamento de uma dívida de R$ 120 milhões.

O economista acredita que o "crescimento exagerado" do gasto previdenciário e a "pior recessão" econômica da história do Brasil são os fatores que explicam o déficit no orçamento dos estados. 

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