Construção de ilha artificial pela Polônia não tem objetivos pacíficos, diz analista

A Polônia está disposta a construir uma ilha artificial na lagoa do Vístula, junto ao mar Báltico, informa a mídia. O projeto foi planejado pelas autoridades polonesas para se distanciar ao máximo da Rússia, declarou o especialista Yuri Borisenok ao serviço russo da Rádio Sputnik.
Sputnik

As autoridades de Varsóvia planejam construir uma ilha artificial na lagoa do Vístula, comunicou a edição Onet, alegando a documentação de licitação do governo.

A ilha deverá ser erguida nas águas territoriais da Polônia usando o terreno obtido da construção do canal navegável que irá atravessar o cordão do Vístula. A ilha terá de dois ou três metros acima do nível do mar, estendendo-se por uns dois quilômetros de comprimento e um quilômetro de largura.

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A ilha não será usada para fins turísticos, de acordo com a edição, mas será erigida no âmbito do programa de construção da via marítima que deve conectar a lagoa do Vístula à baía de Gdansk (mar Báltico). O programa é destinado a garantir a segurança da Polônia e sua capacidade defensiva na região.

O preço da construção se estima em 880 milhões de zloti poloneses (R$ 871 milhões).

O projeto das autoridades polonesas corresponde às velhas ideias de Varsóvia de se distanciar ao máximo da Rússia na região de Kaliningrado, onde os dois países têm um grande trecho de fronteira comum, declarou ao serviço russo da Rádio Sputnik o especialista em história e professor universitário Yuri Borisenok.

"A ideia de construção da ilha artificial consiste em criar condições mais desfavoráveis para a Rússia nas águas do mar Báltico e apoiar as teses de propaganda sobre a ‘Rússia agressiva'", ressaltou o analista.

Segundo ele, se o projeto for realizado, a ilha será usada não para fins pacíficos — não estão planejadas estruturas civis lá. "O único problema é que é uma construção muito cara. Se as dotações da UE para Varsóvia forem cortadas, é possível que as autoridades polonesas enfrentem dificuldades financeiras ao realizar este projeto bem ambicioso", concluiu Borisenok.

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