O político considera o projeto viável, mas acrescentou que, sem apoio estatal, a sua realização será muito difícil.
"O apoio do Estado se faz necessário. Elon Musk precisará vender seus foguetes ao governo de algum país. Não existem investidores privados dispostos a contribuir durante o prazo de 25 a 30 anos. Uma empresa com objetivo de ganhar dinheiro não tem como lucrar com voos ao Marte. Aqui não há possibilidade para negócios", disse Duque.
No entanto, segundo ele, viagem mais curtas podem funcionar melhor.
"Voos curtos ao espaço, para sair da atmosfera terrestre por alguns minutos, devem ser realizados ainda este ano. Há pouco tempo foi realizado um primeiro experimento. Vamos ver como esse modelo de negócio se desenvolve. Se existir um número suficiente de pessoas dispostas a arcar com os custos, talvez isso se desenvolva", destacou o astronauta.
Para o piloto, uma redução dos custos para o turismo espacial, como ocorreu com os da aviação comercial, será complicada.
"Nesse caso é mais difícil. No caso dos aviões, isso levou de 20 a 30 anos. Vamos ver se conseguiremos voar até o espaço. No início, aqueles que voavam em aviões eram ricos e loucos, e muitos não retornavam. Quem sabe no espaço teremos resultados melhores?", acrescentou.
Pedro Duque é o primeiro e único astronauta espanhol. Desde junho de 2018, ocupa o cargo de ministro da Ciência, Inovação e Universidades do Governo de Espanha. Duque participou de duas missões espaciais. Em 1998, a bordo do Discovery, e em 2003, a bordo de uma Soyuz.