Jeffrey Bigham, professor da Universidade Carnegie Mellon de Pittsburgh (Pensilvânia), reservou um apartamento em Seattle (Washington), mas no primeiro dia de estadia encontrou duas câmeras. "Fiquei surpreendido e as desliguei imediatamente", escreveu Bigham em seu blog nesta semana.
Uma das câmeras se encontrava em um canto superior da sala de estar. "Não creio que tenhamos feito nada particularmente estranho perante essa câmera, mas é muito provável que o meu filho de 2 anos tenha corrido nu" perante o dispositivo, cujo campo de visão alcançava a porta do banheiro, assinalou.
O hóspede decidiu verificar a publicação sobre o apartamento no Airbnb e reparou que o anfitrião indicava que havia câmeras "na entrada". Jeffrey entrou em contato com a companhia para se queixar, mas recebeu a resposta que o proprietário tinha indicado adequadamente a presença das câmeras em uma foto do apartamento.
Segundo Bigham, logo depois da conversa da empresa com o proprietário, ele enviou uma pessoa para "farejar" os hóspedes. Além disso, deixou uma crítica negativa na plataforma sobre o cliente por ter desconectado as câmeras. "O que queria ocultar na véspera do Ano Novo?", questionou o anfitrião.
"A privacidade e segurança da nossa comunidade é nossa prioridade, e a nossa gestão inicial do incidente não cumpriu os altos padrões que estabelecemos para nós mesmos", assinalou a empresa, acrescentando que os dispositivos de vigilância são permitidos apenas se forem visíveis e tenham sido revelados claramente pelo anfitrião.