Uma equipe de pesquisadores, liderada pelo professor Jan Cemper-Kiesslich da Universidade de Salzburgo na Áustria, refutou a famosa teoria da conspiração envolvendo por décadas Rudolf Hess, importante pessoa da Alemanha nazista.
Rudolf Hess, braço direito de Hitler, não foi substituído por um sósia: Teoria da Conspiração sobre sósia de Rudolf Hess na prisão de Spandau é finalmente desmentida pelo DNA.
A teoria foi desmentida depois de um exame de DNA. Ao comparar as amostras de sangue do preso designado como "Número 7 de [prisão] Spandau" e de seu parente, foi concluído que quem estava na prisão era realmente o político e militar nazista, segundo a revista New Scientist.
Hess era considerado o braço direito de Hitler e foi julgado em Nuremberg, sendo condenado à prisão perpétua em 1946. Após a condenação, Hess foi para a prisão Spandau, onde permaneceu até supostamente cometer suicídio, em 1987. Ele foi o único preso de Spandau por mais de 20 anos.
Os rumores de que Hess havia sido substituído por um dublê surgiram antes de sua chegada à prisão. O médico britânico que trabalhava na prisão, W. Hugh Thomas, e o ex-presidente americano, Franklin Roosevelt, acreditavam nessa teoria.
Os restos mortais de Hess foram cremados em 2011, entretanto, para o estudo, os pesquisadores utilizaram uma amostra de sangue do preso "Número 7 de Spandau" em 1982, sendo lacrada hermeticamente.
Para confirmar o caso, os pesquisadores compararam a amostra do prisioneiro com a de um parente distante do sexo masculino.
O resultado demonstrou que há mais de 99,9% de probabilidade de que a amostra de sangue seja de um familiar próximo de Hess, apoiando a hipótese de que "o prisioneiro Número 7 de Spandau era de fato, Rudolf Hess", afirmam pesquisadores.
"Eles obtiveram um resultado perfeito com o cromossomo Y e um parente do sexo masculino de Hess. Se essa pessoa não tivesse ligações, você não obteria aquele resultado, então, com base nesse ponto de vista, isso é um bom sinal", afirmou Turi King, um geneticista da Universidade de Leicester.