'Milagre': rabino condenado por agressão sexual alega que pode reviver mortos, expõe mídia

Eliezer Berland, rabino israelense condenado por agressão sexual, alega que ressuscitará pessoas que foram oficialmente declaradas em morte cerebral, se seus familiares pagarem cerca de US$ 5,4 mil (R$ 20 mil), segundo a emissora Channel 12 de Israel.
Sputnik

A emissora israelense denunciou os serviços fraudulentos do líder espiritual de 81 anos, fundador e líder da comunidade religiosa Shuvu Banim, que se declarou culpado de duas acusações de atentado ao pudor e um caso de agressão sexual.

A mídia entrou em contato com o assessor de Berland, que garantiu que "pelo menos uma vez por semana, o rabino ressuscita os mortos de todas as maneiras no hospital". Em seguida, o próprio líder judaico afirmou que realizou "completos milagres" ao "ressuscitar pessoas que tinham morte cerebral e estavam totalmente paralisadas, bem como aquelas que sofriam de câncer […] com as quais não tinham qualquer chance".

"Se você me trouxer 20.000 shekels, ela vai acordar. Haverá um milagre. Seu cérebro começará a funcionar, você verá seu cérebro começando a trabalhar", disse o rabino ao se referir a uma paciente, Yael, de 35 anos.

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Enquanto seus associados alegam que a bênção é gratuita e que "há uma questão de dar dinheiro para a caridade durante um período de sofrimento".

"O próprio rabino abençoa e reza e não lida com dinheiro. Se o dinheiro vem, é imediatamente distribuído pelos necessitados", disseram, acrescentando que eles testemunharam "milhares de histórias de pessoas que foram salvas pelas bênçãos do rabino, que são sobrenaturais".

O jornal Times de Israel cita fontes, afirmando que algumas pessoas até venderam suas casas para enviar doações para Berland, algo que os críticos afirmaram ser "equivalente à extorsão por um líder de culto com influência indevida sobre seus seguidores".

O líder religioso foi acusado de crimes sexuais em 2013, mas fugiu de Israel para escapar da punição e mudou-se para diversos países, até que acabou sendo extraditado para Israel em 2016 e se declarando culpado das acusações.

Ele recebeu uma sentença de 18 meses, mas foi libertado por razões médicas em abril de 2017, após cerca de cinco meses de prisão.

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