Governo da Palestina renuncia, diz mídia

O governo da Palestina liderado pelo primeiro-ministro Rami Hamdallah renunciou, mas continua exercendo suas funções até à formação do novo gabinete de ministros, comunicou a agência palestina Wafa.
Sputnik

"O governo entregou ao Senhor Presidente [Mahmoud Abbas] seu pedido de renúncia. Ele continuará exercendo suas obrigações e servindo ao nosso povo […] até à formação do novo governo", citou a agência as palavras de Hamdallah durante a reunião do gabinete de ministros na terça-feira (29).

Ele assinalou que deseja a formação em breve de um novo governo e que para o sucesso de seu funcionamento será necessária "a confiança dos cidadãos" e o "apoio sincero de todas as forças, grupos parlamentares e componentes da sociedade palestina".

A notícia surgiu após supostas declarações do presidente Mahmoud Abbas sobre o desejo de substituir o governo em função e exercer mais pressão sobre o movimento islamista palestino Hamas que controla a Faixa de Gaza. De acordo com o porta-voz do primeiro-ministro, Yussef al-Mahmoud, Hamdallah também apoiou esse plano.

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O governo de unidade nacional de Rami Hamdallah foi formado em 2014 para reconciliar os governos rivais da Cisjordânia e Faixa de Gaza.

O conflito entre o Fatah, liderado por Abbas, e o Hamas, que assumiu o controle da Faixa de Gaza, irrompeu em 2006 depois de vários confrontos armados entre os dois grupos palestinos. Em outubro de 2017, ambas as partes assinaram um acordo que estipulava a criação de um governo unido na Cisjordânia e na Faixa de Gaza até 1º de dezembro de 2017. Porém, os dois partidos decidiram adiar a execução do plano.

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