De acordo com o professor de ciências políticas da Universidade Complutense de Madri, Jorge Verstrynge, a postura esperada dos países europeus se deve à "responsabilidade da UE em reconhecer um golpista como presidente da Venezuela".
"Por muito que haja seguidismo dos norte-americanos, há limites que não podem ser ultrapassados", sublinhou o professor para a Sputnik Mundo. "Em casos tão importantes, as decisões devem ser tomadas na UE por unanimidade, alguns países, como a Hungria e, em certa parte, a Itália, estão sendo pressionados", adicionou.
"O bloco do Leste desapareceu e começaram interferências, guerras humanitárias e golpes de Estado para cancelar a vontade popular. E é o que está acontecendo agora na Venezuela: ataque brutal à soberania de um país."
Para o professor, é um caso de "soberania limitada: pressionar até que a Venezuela termine fazendo o que o senhor Trump e os EUA querem".
Alemanha, França, Espanha, Reino Unido e Holanda declararam em 26 de janeiro que estariam dispostos a reconhecer como presidente interino da Venezuela Juan Guaidó, se nos próximos oito dias as autoridades venezuelanas não convocassem eleições.
No dia 23 de janeiro, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, se declarou presidente interino do país durante protesto antigovernamental nas ruas de Caracas.
Os EUA, União Europeia e uma série de países da América Latina, inclusive o Brasil, manifestaram seu apoio a Guaidó e à oposição venezuelana. Nicolás Maduro recebeu apoio da Rússia, Cuba, México, Bolívia, Nicarágua, Turquia, Irã e de muitos outros países.