O texto publicado no Diário Oficial da União determina que seja uma avaliação imediata sobre a necessidade de remover instalações que coloquem pessoas em risco. Ainda não há data para que a análise seja concluída.
"Eu acho que é uma falha da fiscalização, mas é também uma cumplicidade das autoridades em relação a isso, só isso explica o que pode ter causado os acidentes", afirmou à Sputnik Brasil.
Olímpio Alves dos Santos vai ainda mais longe e diz que, a partir do momento em que foi privatizada, a Vale deixou de atender aos interesses da população para atender somente aos interesses de grupos financeiros.
"A Vale do Rio Doce está muito preocupada em obter lucro para os seus acionistas e não está fazendo o trabalho adequado para fiscalizar as barragens. (…) O objetivo não é a segurança, nem a atividade econômica de exploração, mas sim de obter rapidamente o maior lucro possível", comentou.
O presidente do Sindicato dos Engenheiros do Rio de Janeiro acredita que há um lobby entre as empresas e o poder público para "obter fortes lucros e impedir a fiscalização".
"Parece que é isso que aconteceu: a compra de laudos para atestar que a barragem está boa, dois engenheiros atestaram que a barragem estava adequada", comentou.
Dados da Agência Nacional de Mineração (ANM), divulgados nesta quarta-feira (30), mostram que o Brasil tem hoje quase 200 barragens de mineração com potencial de dano considerado alto, mesma classificação da barragem 1 da mineradora Vale no Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG).