Em 23 de janeiro, Juan Guaidó se autoproclamou o presidente interino da Venezuela e recebeu imediato apoio de países como os Estados Unidos, o Chile e a Argentina.
Na Europa, França, Alemanha, Holanda e Espanha deram um prazo de oito dias, desde 26 de janeiro, para que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, convocasse novas eleições. Caso contrário, afirmaram que vão reconhecer a presidência interina de Guaidó.
Nesta quinta-feira (31), uma declaração Manlio Stefano colocou em dúvida a posição da Itália em relação à questão.
"A Itália não reconhece Guaidó porque nos opomos absolutamente ao fato de que um país ou um grupo de países terceiros possam determinar a política interna de outro país. Isso se chama princípio da não interferência e foi reconhecido pela Organização das Nações Unidas", Di Stefano em entrevista à emissora de televisão italiana Tv2000, nesta quinta-feira (31).
Di Stefano também enfatizou a importância de evitar a eclosão de um conflito militar similar à guerra da Líbia na Venezuela.
Ao mesmo tempo, outro vice-chanceler italiano, Gugliemo Pichi, disse em sua conta no Twitter que seu partido, o Lega, que está na situação, acredita que a presidência de Maduro estaria chegando ao fim e pediu a realização de uma nova eleição presidencial no país com a participação de observadores independentes.
A mesma visão foi expressa pelo chanceler italiano, Enzo Moavero Milanesi, que disse, na quarta-feira (30), que compartilha da visão da União Europeia sobre a crise venezuelana e que apoia a realização de novas eleições no país.
Em maio de 2018, Maduro foi reeleito presidente da Venezuela. Sua cerimônia de posse foi realizada em 10 de janeiro deste ano. No entanto, a União Europeia e seus estados membros não participaram da celebração e criticaram a legitimidade dos resultados da eleição presidencial.
Maduro tem sido apoiado como único presidente legítimo da Venezuela por países como a China, a Rússia, o México e o Uruguai.