Fundador de Blackwater organiza centro de treinamento militar na China

A Frontier Services Group (FSG), sediada em Hong Kong e fundada por Erik Prince, assinou um acordo com as autoridades chinesas para construir um centro de treinamento na região chinesa de Xinjiang, informou a Reuters citando um comunicado da empresa.
Sputnik

O FSG é especializado nos serviços de segurança, principalmente para empresas chinesas, em regiões instáveis e perigosas em todo o mundo. É uma empresa que fornece serviços de segurança, logística e seguros, principalmente para clientes chineses, tanto no país quanto no exterior. Ela fornece seus serviços para empresas que operam nos lugares perigosos do mundo.

A FSG foi fundada por Erik Prince, conhecido por ser o fundador da famosa empresa militar privada Blackwater. No entanto, a reputação da Blackwater sofreu um grande golpe depois que vários de seus empreiteiros foram acusados de matar 14 civis iraquianos desarmados em 2007.

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Após uma série de julgamentos, um deles admitiu sua culpa, enquanto outros quatro foram condenados por cometer assassinato. Um deles recebeu uma sentença de prisão perpétua, enquanto outros três tiveram penas de 30 anos de prisão.

De acordo com o comunicado, o acordo foi assinado durante uma cerimônia em 11 de janeiro que contou com a participação de autoridades de Xinjiang e representantes da CITIC Guoan Construction.

O acordo sugere que a FSG irá gastar cerca de US$ 600.000 com o centro, que será capaz de treinar 8.000 pessoas por ano. A FSG não forneceu detalhes sobre que tipo de centro será, que tipo de treinamento vai ministrar ou para quem fornecerá seus serviços.

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A região de Xinjiang é vizinha de oito países, incluindo Paquistão e Afeganistão, que enfrentam enormes problemas de segurança devido a vários grupos terroristas que operam em seus territórios, incluindo o Movimento Islâmico do Turquestão Oriental, que é considerado como uma organização terrorista pela União Europeia, EUA, Rússia, China e outros países.

Nesta área chinesa habita minoria uigur maioritariamente muçulmana, com insurgentes antigovernamentais operando na região. Nos últimos dois anos, pelo menos 200 pessoas morreram em ataques supostamente realizados por militantes uigures.

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