A política do Irã de limitar as capacidades de suas forças de mísseis mudará se as potências mundiais continuarem a tentar forçar o país a ficar indefeso, afirmou o subcomandante do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica do Irã, general de brigada Hossein Salami, relata o canal Press TV.
O comandante observou que o Irã está mantendo um limite no alcance e no poder de seus mísseis com base na estratégia defensiva do país, mesmo que tecnicamente não tenha limitações em termos de melhorar seu arsenal.
"Todos os que me ouvem hoje concordam com a nova realidade, a força dos mísseis iranianos: não há obstáculos ou limitações técnicas para aumentarmos o alcance [dos mísseis]", ressaltou.
Nos últimos meses, os EUA e vários de seus aliados europeus expressaram preocupação com o arsenal de mísseis e testes de mísseis do Irã, ameaçando impor sanções contra o país e alegando que os testes violam os termos do acordo nuclear de 2015. Teerã negou as alegações, argumentando que suas atividades estão em total conformidade com os tratados internacionais, incluindo o acordo nuclear, e enfatizando que a posse do Irã de uma capacidade "defensiva" de mísseis não é "negociável".
O Irã tem um grande arsenal de mísseis convencionais de curto, médio e longo alcance desenvolvidos internamente, incluindo as séries Shahab, Zelzal e Fateh-110, entre outros. Os EUA, a União Europeia, a Arábia Saudita e Israel argumentam que essas armas representam uma ameaça à segurança regional.