Maduro se compara a Jesus e cita palavras de Shakespeare indagando futuro da Venezuela

Falando com oficiais militares venezuelanos no domingo (3), o presidente Nicolás Maduro afirmou, em particular, que se sente um Jesus Cristo.
Sputnik

"Eu sou um trabalhador como Jesus Cristo, o Salvador, e sou um cristão devotado — do coração de um cristão ao nosso Deus", disse Maduro. Referindo-se aos militares venezuelanos como "soldados da pátria mãe para garantir a unidade e soberania do país", Maduro citou William Shakespeare e afirmou que o futuro da Venezuela está em risco.

"Ser ou não ser, disse o grande Shakespeare. Ser ou não ser — esse é o dilema de hoje. Ser uma pátria ou ser colônia. Ser uma Venezuela ou ser nada. Ser um povo unido e umas forças armadas ou desintegração, ser um futuro ou um desaparecimento de um sonho de mais 200 anos de idade", indagou o presidente bolivariano.

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Nicolás Maduro advertiu as tentativas "de enfraquecer a Venezuela" e de guerra civil em seu país, destacando que haverá "paz, e não intervenção militar". Esses comentários sucederam a entrevista de Maduro ao programa jornalístico espanhol Salvados, onde ele advertiu Donald Trump sobre as consequências da conspiração imperialista de derrubá-lo.

"Pare! Pare, Trump! Pode ir parando! Você está cometendo erros que deixarão suas mãos cobertas de sangue e você deixará a presidência manchada de sangue. Por que você desejaria uma repetição do Vietnã?", indagou.

No domingo (3), o presidente norte-americano, Donald Trump, disse à CBS que uma intervenção militar dos EUA na atual crise política da Venezuela é "uma das opções". O ministro venezuelano das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, descreveu a declaração como prova de que Washington está por trás de uma tentativa de um golpe de Estado na Venezuela.

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No dia 31 de janeiro, o Parlamento Europeu solicitou para chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, e para os governos dos países-membros, que se juntem ao reconhecimento do líder da oposição.

A Rússia, China, Irã e Turquia reafirmaram seu apoio ao atual governo venezuelano de Maduro, enquanto vários países latino-americanos, alinhados com os EUA e UE, ignoraram o atual presidente eleito, expressando apoio a Guaidó.

O México e o Uruguai, no entanto, oferecem assistência para mediar uma solução política para a crise. A crise política venezuelana se agravou no dia 23 de janeiro, depois que o chefe da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, se declarou presidente interino do país durante protesto antigovernamental realizado nas ruas de Caracas.

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