Integrante do Parido Socialista Unido, Mora adicionou ainda que o Estado venezuelano "acredita no diálogo e nas perspectivas" que podem emergir da cúpula feita na quinta-feira (7), em Montevidéu (Uruguai), pelo Grupo de Contato Internacional sobre a Venezuela.
"Temos uma grande fé e desejamos, e esperamos, que o mundo inteiro volte sua atenção para a Venezuela de maneira sincera, porque todo o mundo observa como está a Venezuela de todos os lados sem se concentrar nos interesses e na razão de fundo", disse durante entrevista à Sputnik Mundo.
"Eles nos bloqueiam, não permitem a passagem de navios, não permitem que os bancos entreguem o dinheiro da Venezuela, que são bilhões e bilhões de dólares", denunciou o dirigente bolivariano.
Mora também questionou o fato de que há países, "como a Colômbia, cujo governo não quer enxergar além do que uma guerra pode significar".
Além disso, o dirigente bolivariano desmentiu os relatos que dizem sobre o início da ajuda humanitária através do estado de Táchira. Ele acredita que o objetivo da ajuda externa seja político, ao demonstrar a imagem do povo venezuelano correndo para pegar "caixas de ajuda humanitária".
"O povo é consciente e sabe o que aconteceu, por exemplo, na Síria ou Iraque, onde se falava de uma ajuda humanitária […], mas isso não passa de um Cavalo de Troia: atrás disso vêm balas e bombas."
"Aqui continuamos apostando em uma solução pacífica, política e consensual. Desde suas origens, o povo venezuelano teve a herança genética de nosso herói e, diante dos povos indígenas que lutaram, esse sangue está ali, que ainda não foi apagado. Não esperamos ou queremos que isso aconteça […] a pátria será defendida", concluiu.