Veterano da Força Aérea dos EUA fala sobre misteriosa 'cúpula de luz' soviética

O lançamento do míssil soviético de médio alcance RSD-10 Pioner foi acompanhado por um fenômeno incompreensível na forma de uma “cúpula de luz”, que os militares americanos consideraram um "sistema exótico" de defesa antiaérea, contou o veterano da Força Aérea norte-americana Robert Hopkins em entrevista ao The Drive.
Sputnik

De acordo com Hopkins, ele e seu parceiro voavam a bordo de um avião de reconhecimento RC-135S Cobra Ball no final de 1988 quando observaram uma "cúpula de luz".

Naquela época, a equipe do 24º Esquadrão de Inteligência Estratégica, onde Robert Hopkins servia, estava localizada na Base Aérea de Shemiya, no Alasca. Durante este período, a União Soviética lançou o míssil Pioner (SS-20, na classificação da OTAN) na direção do polígono de Kura, no norte da Kamchatka. A tripulação americana assistiu aos testes e coletou dados.

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Conforme recorda o piloto, naquela noite praticamente não havia estrelas no céu e a Lua não brilhava. Primeiro tudo corria como era esperado, mas depois começaram a acontecer coisas estranhas. A princípio, a tripulação notou algo semelhante a uma parede branca translúcida, que se movia acima do território soviético em direção ao oceano Pacífico.

Hopkins admitiu que os pilotos espantados a princípio pensaram que era uma alucinação, então começaram a perguntar um ao outro sobre a parede de luz vista. Os pilotos informaram a chefia sobre o fenômeno estranho, e a Divisão de Tecnologia Estrangeira da Força Aérea iniciou uma investigação. No entanto, eles não conseguiram encontrar uma resposta para o que foi visto pelos pilotos, escreve o The Drive.

Capitais europeias na mira

O sistema Pioner (RSD-10) é um armamento terrestre móvel soviético com um míssil balístico de dois estágios de combustível sólido de médio alcance, que entrou em serviço em 1976.

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Os sistemas de mísseis Pioner substituíram os sistemas R-12 e R-14, que estavam em serviço ativo na parte europeia da URSS, e foram apontados para as capitais europeias. Muito rapidamente o novo míssil soviético ficou conhecido como SS-20 e considerado uma "ameaça para a Europa".

Estes complexos estiveram operacionais até 1991 e foram liquidados de acordo com o Tratado INF. Durante os 15 anos de operação, não houve um único caso de destruição ou acidente envolvendo estes mísseis. Durante os testes, operação e eliminação foram disparados 190 mísseis. Todos os lançamentos foram bem sucedidos e a probabilidade de atingir o alvo atingiu 98%.

Tratado INF

O Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário, conhecido como Tratado INF é um tratado entre a União Soviética e os EUA, assinado por Mikhail Gorbachev e Ronald Reagan em 8 de dezembro de 1987 durante a cúpula soviético-americana em Washington, tendo entrado em vigor em 1 de junho de 1988.

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Pela primeira vez na história, o tratado permitiu a eliminação de toda uma classe de armamentos: as partes se comprometeram a destruir todos os mísseis terrestres balísticos e mísseis de cruzeiro de curto (de 500 a 1000 km) e médio alcance (1000-5500 km), bem como não produzir, testar ou implantar tais armamentos no futuro.

Em junho de 1991, a implementação do tratado foi concluída: a URSS destruiu 1.846 mísseis (cerca de metade deles eram mísseis que não estavam em serviço ativo) e os EUA — 846 complexos. Após várias acusações mútuas de violar o tratado, as partes declararam em fevereiro de 2019 que suspendem a observação do tratado.

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