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Bolsonaro defende aprofundamento nas relações com Rússia, segundo embaixador russo

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, apela para o desenvolvimento das relações com a Rússia, tanto na base multilateral, como no âmbito da aliança BRICS, afirmou em entrevista à Sputnik o embaixador russo no Brasil, Sergei Akopov.
Sputnik

"O novo presidente brasileiro se expressou claramente e continua se expressando a favor do desenvolvimento e aprofundamento da colaboração abrangente e mutuamente vantajosa entre a Rússia e o Brasil", comunicou o embaixador.

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De acordo com o embaixador, "quanto à colaboração dos dois países no âmbito do BRICS, importa notar que o lado brasileiro, em particular, o novo governo do Brasil, assumiu com toda a seriedade e responsabilidade as obrigações de país-presidente do BRICS em 2019".

Ele acrescentou que o Brasil preparou um plano abrangente de eventos no âmbito da cúpula do bloco. 

"Foi preparado um plano de eventos muito abrangente no quadro do BRICS para 2019, o que evidencia que o lado brasileiro espera significativos resultados positivos", disse Sergei Akopov.

"Vale ressaltar que nossos parceiros brasileiros não somente seguem a agenda estabelecida no bloco, mas também propõem suas próprias iniciativas muito interessantes nas mais diversas áreas", ressaltou o embaixador. 

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Além disso, Akopov afirmou que no final de julho está agendada a visita do chanceler russo, Sergei Lavrov, ao Brasil.

"Sim, tal visita está sendo planejada. Ela ocorrerá conforme o plano de eventos do BRICS no final de julho deste ano", apontou. 

O embaixador comentou também a situação na Venezuela, comparando as posições da Rússia e do Brasil quanto ao assunto.

"Infelizmente, preciso constatar que nossas posições em relação à crise na Venezuela divergem. Claro, podemos entender essa preocupação com que o governo brasileiro está observando a situação política interna bastante complicada no país vizinho, aqueles problemas que as dezenas de milhares de refugiados venezuelanos chegados aos estados fronteiriços criam", indicou Akopov.

"Esperamos que os princípios fundamentais tradicionais que a diplomacia brasileira tem seguido ao longo de dezenas de anos, ou seja, a não interferência nos assuntos internos dos outros países, não utilização na política externa de sanções unilaterais não aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU, econômicas ou outras, continuem na base da posição brasileira em relação à crise venezuelana. Neste sentido, as últimas declarações de vários dirigentes de alto escalão no Brasil inspiram otimismo", acrescentou o embaixador. 

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