Na sala de cirurgia, sete médicos estavam com a criança, que tinha caído enquanto brincava com amigos. O empenho de Paulo Pavesi em provar o assassinato do filho ganhou repercussão internacional. Em 2014, três dos sete médicos foram condenados por remoção ilegal de órgãos em paciente ainda vivo, mas, em 2016, as condenações foram anuladas pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
"Sete pessoas se juntaram para matar uma criança de 10 anos de idade. Uma criança que foi sedada, uma criança que não teve o direito de se defender. Eles tiraram os órgãos dessa criança viva, que é o meu filho, e venderam esses órgãos", disse o pai durante a live.
Além do mais, Paulo Pavesi se disse indisposto para continuar em busca de justiça e sem esperanças de presenciar uma mudança no caso. No fim da gravação, que mobilizou milhares de pessoas, o pai do menino que morreu em 19 de abril de 2000, anunciou início de greve de fome, por "não ter mais o que fazer".
O vídeo de mais de 42 minutos no YouTube mobilizou pessoas no Twitter, onde o assunto está sendo discutido intensamente com a hashtag #SomosTodosPavesi ocupando uma das primeiras posições dos temas mais populares de hoje no Brasil com mais de 26 mil tweets, até o momento em que esta matéria estava sendo publicada.
O músico Lobão pediu ajuda de todos, em solidariedade ao sofrimento de Paulo Pavesi, para subirem a hashtag, criada por ele.
Há quem peça explicações da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do Brasil, Damares Alves.
E quem peça ajuda a Damares.
O usuário Luiz relembrou que Paulo Pavesi publicou um livro contando a história do seu filho.
A greve de fome foi iniciada por Paulo Pavesi nos primeiros minutos do dia 14 de fevereiro em Londres.