Colômbia declara estado de calamidade pública na fronteira da Venezuela

As autoridades do departamento colombiano Norte de Santander, na fronteira com a Venezuela, decidiram declarar o estado de calamidade pública por 6 meses.
Sputnik

Tal decisão foi tomada devido ao início das entregas, em 23 de fevereiro, de ajuda humanitária ao país vizinho.

"Foi recomendado ao governador, por todos os membros do comitê, que se fizesse a declaração de calamidade pública, que foi aprovada por unanimidade, para realizar ações humanitárias na área de fronteira", disse Adriana Milena Arias, coordenadora do Conselho Departamental de Gestão de Riscos e Desastres, em comunicado enviado à imprensa.

Autoridade venezuelana acredita que atrás da ajuda humanitária 'vêm balas e bombas'
De acordo com Juan Carlos Cortés, secretário de Fronteiras e Cooperação Internacional da província do Norte de Santander, a passagem por esta zona de 90% dos imigrantes venezuelanos que deixam seu país tem sido difícil para as autoridades locais.

"A presença de imigrantes e retornados não tem sido fácil para o Estado colombiano nem para as entidades territoriais e municipais, porque não há política pública que dê as ferramentas necessárias ao governo nacional, aos ministérios, aos departamentos e aos municípios. " afirmou Cortés à Sputnik Mundo.

Segundo Cortés, o departamento não tem recursos para lidar com a onda de imigrantes, porque, quando o plano de desenvolvimento foi elaborado, as dificuldades atuais não foram previstas.

EUA não aumentaram presença militar na fronteira com a Venezuela, diz Abrams
Em Cúcuta (Colômbia) e em Roraima (Brasil) foram abertos centros de coleta de ajuda. Os EUA já anunciaram a chegada do primeiro carregamento de ajuda humanitária na cidade colombiana.

A Venezuela está passando por uma crise política que se agravou ainda mais depois que o líder da oposição, Juan Guaidó, se autoproclamou em 23 de janeiro presidente interino do país.

O atual presidente Nicolás Maduro acusou Washington de tentar orquestrar um golpe de Estado no país com sua decisão de declarar o apoio dos EUA e seus aliados a Guaidó.

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