Diplomatas de 8 países chegam à China para discutir 'campos de concentração' em Xinjiang

Representantes de missões permanentes de oito países para o escritório da ONU em Genebra, incluindo diplomatas da Rússia, Bielorrússia, Cuba, Paquistão e Egito, chegaram à China neste sábado para debater a questão dos "campos de reeducação" da Região Autônoma Uigur de Xinjiang, informou o jornal People's Daily.
Sputnik

Segundo o jornal do Diário do Povo (Renmin Ribao), a delegação chegou à China a pedido do Ministério das Relações Exteriores chinês e ficará em Xinjiang até terça-feira. O vice-diretor do Departamento de Publicidade do Partido Comunista da China, Jiang Jianguo, e o vice-ministro chinês das Relações Exteriores, Le Yucheng, reuniram-se com a delegação em Pequim.

Jiang disse durante a reunião que desde os anos 90, "extremistas, terroristas e separatistas de Xinjiang organizaram milhares de ataques terroristas na região autônoma", o que resultou em baixas e danos materiais significativos.

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Ele destacou que as autoridades chinesas haviam criado instalações de treinamento profissional e centros de educação para evitar a disseminação do extremismo.

"Já alcançamos resultados significativos. Nos últimos 25 meses, nenhum ataque terrorista foi registrado em Xinjiang. A sensação de satisfação, segurança e bem-estar entre os residentes locais foi reforçada", acrescentou Jiang.

Em agosto de 2018, o Comitê da ONU para a Eliminação da Discriminação Racial publicou um relatório afirmando que mais de 3 milhões de uigures étnicos e outras minorias muçulmanas turcas estavam detidos em campos espalhados pela região.

Em janeiro, Shohrat Zakir, presidente do governo regional de Xinjiang e do próprio Uigur, afirmou que a estimativa das Nações Unidas era um "boato" e que as instalações eram treinamento vocacional temporário e instalações educacionais que provaram ser "extremamente eficazes" em reduzir o extremismo, ensinar os residentes sobre a lei e ajudá-los a aprender mandarim.

Especialistas especulam que a iniciativa da China visa destruir intenções separatistas em Xinjiang, região considera crucial para o sucesso da estratégia de infraestrutura e comércio internacional, "Um Cinturão, Uma Rota".

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