Consequências 'severas e rápidas': senador dos EUA ameaça Maduro em prol de Guaidó

O líder da oposição e autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, pediu para que os militares venezuelanos deixem passar a ajuda humanitário, enquanto que o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro se recusa, alegando ser intervenção estrangeira.
Sputnik

No domingo (17), em entrevista ao canal CNN, o senador norte-americano Marco Rubio avisou que Nicolás Maduro seria gravemente afetado se o governo venezuelano prejudicar ou aprisionar o líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, que se declarou presidente interino do país.

"Há certos limites e Maduro sabe disso. As consequências serão severas e rápidas", declarou Rubio, apelando também a Maduro para não prejudicar o pessoal americano que trabalha no país. Os EUA responderão se os trabalhadores humanitários forem atingidos, disse o senador.

Rubio preferiu não dizer se apoia ou não ações militares dos EUA contra a Venezuela, mas assinalou que a administração de Trump não teria uma posição passiva se Maduro reprimisse Guaidó.

Guaidó dá 8 dias às Forças Armadas venezuelanas para 'passar para ao lado da Constituição'
As palavras de Rubio surgem dias depois de Guaidó ter pedido para que as Forças Armadas da Venezuela, que apoiam Nicolás Maduro, mudem de lado para entrada da ajuda humanitária.

As tensões na Venezuela têm sido agravadas face à chegada em 23 de fevereiro da ajuda humanitária dos EUA, que atualmente se encontra na Colômbia.

O prazo foi indicado por Guaidó apesar da oposição dura de Maduro, que acredita ser uma manobra para derrubar o governo venezuelano.

"É uma armadilha, eles estão fazendo um espetáculo com a comida podre e contaminada […] Eles roubaram US$ 30 bilhões e agora oferecem quatro migalhas da comida podre", afirmou Maduro.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha, por sua vez, advertiu os EUA contra politização e entrega da ajuda humanitária sem autorização das autoridades locais.

Guaidó foi reconhecido pelos EUA, pela maioria dos países-membros do Grupo de Lima e por várias nações ao longo das Américas, dentre elas o Brasil, bem como por grande parte da União Europeia. Rússia, Bolívia, China, Cuba, Irã, Turquia e outros países reafirmaram apoio a Maduro.

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