Ex-piloto americano lembra seu voo no lendário caça soviético MiG-29

O piloto aposentado americano, Guy Razer, lembrou seu voo no lendário caça MiG-29, desenvolvido pela União Soviética nos anos 1970.
Sputnik

O piloto da Força Aérea dos EUA aposentado, Guy Razer, que era nesse tempo tenente-coronel e participou do Programa de Liderança Táctica da OTAN, uma organização de treinamento para pilotos da Aliança, recordou suas impressões dos voos no caça soviético MiG-29.

A Polônia, que aderiu à OTAN em 1999, trouxe para a Aliança um grande número de aviões produzidos na União Soviética. Em particular, a primeira ala da Força Aérea da Polônia estava equipada com caças russos MiG-29, explicou Razer à revista The National Interest.

"Estávamos incumbidos de apresentar-lhes táticas ocidentais, além disso, éramos responsáveis por decidir sobre a sua capacidade de operar conosco no futuro próximo em cenários de uso maciço da força", lembrou Razer, que hoje tem 61 anos.

Na etapa final das manobras, quatro caças MiG-29 foram escoltados por quatro caças de produção soviética Su-22 (também pertencentes à Polônia) e voaram a baixa altitude em direção ao alvo, defendido por quatro caças F-16 da OTAN.

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Durante essa manobra Razer estava no assento traseiro do líder MiG-29. Segundo ele, em comparação com o F-15E, ao qual Razer estava acostumado, o MiG-29 “tinha melhor capacidade de manobra se fosse necessário, mas gastava muito combustível para isso acontecer”.

Para o piloto americano, embora seja muito manobrável, o MiG de produção soviética dependia fortemente dos controladores de terra e lhe faltava conhecimento da situação e alcance.

"Os controladores de terra tinham quase tanto controle como os pilotos. Queríamos torná-los livres", explicou Razer. Passados 18 anos, a Polônia ainda opera caças MiG-29 bem como F-16 e velhos Su-22.

O MiG-29 realizou seu primeiro voo em 6 outubro de 1977. O objetivo principal desse avião é a conquista da superioridade aérea local em um setor relativamente pequeno da linha de frente. O MiG-29 atua em estreita conexão com o solo, protegendo a infantaria e os veículos blindados da aviação, cobrindo as instalações de retaguarda e neutralizando o reconhecimento aéreo inimigo.

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