De acordo com a agência com sede em Paris, as importações de petróleo bruto da Venezuela para os EUA somaram 558.000 barris por dia durante a semana até 15 de fevereiro, em comparação com 117.000 barris por dia na semana anterior.
A partir de 25 de janeiro, poucos dias antes de as sanções dos EUA entrarem em vigor, empresas americanas importaram 587 mil barris por dia.
Washington impôs penalidades econômicas contra a gigante petrolífera estatal venezuelana PDVSA, congelando US$ 7 bilhões dos ativos da empresa. As sanções também bloqueiam pagamentos a contas da PDVSA com compradores do petróleo da Venezuela direcionados a depositar todas as transações em uma conta separada, à qual a empresa não tem acesso.
O Tesouro dos EUA concedeu permissões temporárias para a compra de petróleo bruto venezuelano a empresas estrangeiras até que os atuais acordos sejam vencidos, e as empresas encontram novos fornecedores com o prazo estabelecido pela Casa Branca para expirar em 28 de abril.
As últimas sanções também proíbem as vendas de nafta dos EUA para o país caribenho. A nafta é uma mistura, produzida a partir de condensados de gás natural ou destilados de petróleo, que é usada para diluir o petróleo grosso e pesado para fazê-lo fluir.
As multas dos EUA forçaram Caracas a comprar nafta, assim como gasolina e diesel, da petroleira estatal russa Rosneft, do conglomerado indiano Reliance Industries, bem como dos traders de commodities holandeses Vitol e Trafigura, segundo dados da Agência Reuters.
Washington e Caracas estão envolvidos em uma longa disputa diplomática há anos. Em janeiro, o presidente venezuelano Nicolás Maduro anunciou uma ruptura das relações diplomáticas com os EUA depois que o presidente Donald Trump reconheceu o líder da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, como presidente interino do país.