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Chanceler do Brasil diz que Venezuela tem ditadura pior do que a Coreia do Norte

O ministro de Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, reafirmou nesta terça-feira que a Venezuela hoje vive um regime ditatorial pior até mesmo do que a Coreia do Norte, em uma nova fala em favor da queda do presidente venezuelano Nicolás Maduro.
Sputnik

Tudo começou nesta segunda-feira em Bogotá, na Colômbia, onde Araújo e o vice-presidente Antônio Hamilton Mourão se encontraram com Juan Guaidó, chefe da Assembleia Nacional da Venezuela e autodeclarado presidente interino do país caribenho.

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Logo após o encontro, ambos concederam uma entrevista e foi nela que, questionados sobre a presença de diálogo com o líder norte-coreano Kim Jong-un e a ausência de contatos com Maduro no caso venezuelano, falaram sobre a comparação entre os dois governos.

"São situações diferentes, são situações geopolíticas diferentes. O caso da Venezuela é o caso de um regime que está oprimindo a sua população de maneira brutal, fazendo o seu povo passar fome e até mesmo atirando contra aqueles que tentam ter acesso à ajuda humanitária, mas [a Coreia do Norte] não sei se com esse grau de brutalidade toda", disse Araújo, à GloboNews.

A fala do chanceler brasileiro logo gerou reações nas redes sociais. Uma delas foi a do correspondente britânico Dom Philips, que ressaltou o ponto em que Araújo disse não ter certeza se haveria "o mesmo nível de brutalidade" na Coreia do Norte diante dos episódios de violência do último fim de semana, nas fronteiras com a Colômbia e o Brasil.

Diante da repercussão, Araújo também usou o Twitter para ironizar a mídia internacional, a qual só teria classificado Kim como um ditador, segundo o chanceler, depois do início das conversações com o presidente estadunidense Donald Trump.

Por fim, o ministro brasileiro reforçou que considera a situação na Venezuela pior do que a na Coreia do Norte – esta já criticada em várias oportunidades por violações de direitos humanos por organismos internacionais importantes, como a ONU.

Procurando falar menos de Kim e mais de Maduro na entrevista, Mourão destacou ser favorável à saída pacífica do presidente venezuelano, que deveria ir embora do país caribenho.

"Os acontecimentos do último fim de semana e a forma com que o Maduro se pronunciou, dançando após as mortes e os feridos, demonstra insensibilidade [...]. Julgo que, se nós queremos uma situação pacifica para a Venezuela, temos que buscar um caminho para que ele [Maduro] vá embora do país, de modo que o país inicie um processo de reconstrução", disse.

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