Peru decide cancelar todos os vistos do corpo diplomático venezuelano no país

O Peru, que apoia a autoproclamada liderança da Assembleia Nacional da Venezuela, cancelará os vistos de membros da embaixada venezuelana no país dentro de 15 dias, anunciou o vice-ministro das Relações Exteriores do Peru, Hugo De Zela Martinez, nesta terça-feira.
Sputnik

"Já informamos ao pessoal da embaixada venezuelana que, após esse período, eles não serão reconhecidos como representantes da Venezuela […] Dizemos a eles que se tornam ilegais no Peru e cancelamos seus vistos", disse o vice-ministro, acrescentando que o período de 15 dias começou a contar a partir de 22 de fevereiro.

O enviado peruano para as Nações Unidas, Gustavo Meza-Cuadra, disse à Sputnik em janeiro que Lima é contra o diálogo entre governo e oposição venezuelanos e pede a realização de eleições livres e justas na Venezuela.

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A Venezuela está passando por uma grave crise política. Em 5 de janeiro, o deputado Juan Guaidó foi eleito presidente da Assembleia Nacional controlada pela oposição. No dia 23 de janeiro, dois dias depois de a Suprema Corte venezuelana ter anulado sua eleição, Guaidó declarou-se "presidente interino" do país. O atual presidente Nicolás Maduro, que foi empossado para seu segundo mandato presidencial em 10 de janeiro depois de vencer a eleição de maio, qualificou Guaidó como "um fantoche de Washington".

O Grupo Lima é composto por 14 países e foi criado em 2017 com o objetivo de acabar com a crise política na Venezuela. O grupo inclui Argentina, Brasil, Canadá, Colômbia, Costa Rica, Chile, Guiana, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia. Todos os países (exceto México) reconhecem Guaidó como presidente venezuelano.

 

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