Apoiadas pela coligação internacional, as Forças Democráticas da Síria (SDF, na sigla em inglês) continuam atacando o último baluarte do Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em vários países) na Síria: o povoado de Baguz.
Essa localidade tinha antes da guerra uma população de cerca de 10.000 pessoas e serviu durante muitos anos de ponto de passagem para terroristas que vinham de outros países para o território sírio. Em fevereiro foi completamente cercada pelas forças curdas.
Atualmente, restam cerca de 2.000 pessoas em Baguz, sendo que metade dessa população é constituída por terroristas fanáticos, que estão prontos para lutar até ao último homem, declarou o colunista.
"É improvável que eles sejam capazes de resistir contando apenas com sua ideologia. Na Internet há bastantes fotos [mostrando] que a última cidade do Daesh se parece mais com um campo de refugiados semiabandonado", escreve o autor.
Segundo Kots, os terroristas têm problemas com o fornecimento de alimentos, munições e água potável, uma vez que os atiradores curdos mantêm a margem do Eufrates sob fogo.
"O ataque a Baguz é complicado pelo fato de os terroristas terem criado debaixo do povoado uma rede de abrigos e túneis subterrâneos. Eles os usam para transportar reforços, permanecendo invisíveis para a vigilância aérea", afirmou, adicionando que a queda de Baguz não necessariamente significará a completa derrota do grupo terrorista no território sírio.
"Eles têm equipamento militar suficiente para invadir a cidade e capturar alimentos, remédios e reféns […] É necessário libertar grandes forças sírias para a sua aniquilação, o que por agora Damasco é incapaz de fazer", enfatiza Kots, comentando que a luta contra essas unidades fica ainda mais difícil pelo fato de elas operarem à noite, enquanto durante o dia se escondem nos túneis.
Milícias "adormecidas" do Daesh ainda se encontram nas regiões orientais da Síria e poderão a qualquer momento começar a reconquistar os territórios libertados pelos curdos, conclui o jornalista.