Os esforços do mundo árabe para reatar as relações com o governo de Assad, agora que ele venceu a guerra, foram suspensos depois que Washington tentou convencer seus aliados de cortarem os vínculos com a Síria.
A razão foi a decisão dos Emirados Árabes Unidos (EAU), no final de dezembro do ano passado, de reabrir sua embaixada em Damasco, além de outras iniciativas para restaurar as relações com Damasco.
Uma fonte no jornal The Washington Post comentou que a administração Trump pressionou seus aliados para que se abstenham de restabelecer as ligações com Assad, além de ameaçar com sanções aqueles que tomarem qualquer iniciativa de participar da reconstrução da Síria.
O jornal ainda refere que os americanos estão trabalhando para garantir que o isolamento da Síria continue e que "todas as forças sob o comando do Irã deixem a Síria".
Muitos Estados árabes, por sua vez, não têm certeza se querem reabilitar um líder que continua vinculado ao Irã por uma longa e estreita aliança, segundo os diplomatas da região. O Irã ganhou influência na Síria ao ajudar Assad a vencer a guerra.
Já a Rússia avança na direção oposta a essa política, pedindo que os países árabes estabeleçam de fato alianças com Damasco e que se juntem a Assad para reduzir a influência do Irã na Síria, explica o autor do artigo.
A edição finaliza afirmando que muitos dos países árabes, que apoiaram os EUA na luta contra a Síria, agora se deparam com a realidade de Assad muito provavelmente permanecer no poder no futuro próximo.