O escultor japonês Keisuke Aiso, autor de uma escultura sinistra que foi usada por terceiros para dar um rosto ao desafio suicida viral "Momo", afirma tê-la destruído, então "a maldição desapareceu" e as crianças não devem mais temê-la, explicou ao The Sun em seu estúdio, localizado nos arredores da capital japonesa.
"As crianças podem ficar tranquilas, Momo está morta, não existe e a maldição desapareceu", disse Aiso, de 46 anos, ao jornal no domingo (3).
"Já não existe, nunca foi destinada a durar, estava podre e eu joguei fora", acrescentou o artista japonês, que afirma ter mantido apenas seu olho esquerdo, porque planeja reutilizá-lo.
O artista explicou que, apesar de estar chateado com a dor causada às crianças, há um ponto positivo em todo esse impacto mundial: sua obra repercutiu. Mesmo assim, o artista não esperava o reconhecimento, pois não é "sua obra-prima".
História de Momo
O trabalho original, chamado "Mother Bird" ("Mãe Ave"), foi feito em 2016 e exibido em uma galeria de arte alternativa em Tóquio (Japão) com "a intenção de assustar as pessoas", embora o artista considere "lamentável" a forma como foi usada. Aiso se inspirou em uma personagem folclórica, que retrata uma mulher que oferece um bebê a desconhecidos, e que transforma os que aceitam a criança em pedras e paus.
No entanto, no ano passado, a imagem foi transformada em uma boneca virtual assustadora Momo que propõe desafios que podem colocar em risco a vida de milhares de jovens.