Quão fragilizado seria futuro EUA-Coreia do Norte se CIA tiver invadido embaixada coreana?

Em 22 de fevereiro, intrusos, possivelmente ligados aos EUA, invadiram embaixada norte-coreana em Madri, segundo relatos. A Sputnik falou com Alejandro Cao de Benós, representante especial do Comitê de Relações Culturais da Coreia do Norte, sobre o ataque e os possíveis efeitos ocasionados por ele às relações entre EUA e Coreia do Norte.
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O jornal espanhol El Pais sugeriu em 13 de março, citando investigadores da polícia espanhola e o Centro Nacional de Inteligência, possível envolvimento da Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA) no ataque à embaixada norte-coreana.

Alejandro Cao de Benós acredita que não devem ser tiradas conclusões precipitadas.

"No momento, a informação foi divulgada por jornalistas próximos ao Centro Nacional de Inteligência, mas nenhuma declaração oficial foi dada até agora. Há dados contraditórios do que aconteceu realmente", afirmou Benós para a Sputnik Mundo.

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De acordo com o delegado especial espano-norte-coreano, a edição El Confidiential reportou que a antena de conexão móvel tinha sido desligada. Porém, em seguida, outros jornalistas afirmaram, citando a operadora, que nada disso havia acontecido. Então, as versões se chocam uma com a outra, sendo baseadas nos contatos pessoais entre jornalistas, policiais e o Centro Nacional de Inteligência.

"É necessário pelo menos esperar condenação do ataque, independentemente de quem tenha sido o autor, pelo governo espanhol, o que ainda não ocorreu", acrescentou o delegado.

Respondendo se o ataque teria interferido na cúpula entre Donald Trump e Kim Jong-un em Hanói, Benós ressaltou que "não afetou o encontro entre dois líderes. Durante o encontro foram discutidos a desnuclearização em troca do cancelamento das sanções norte-americanas e o fim da guerra coreana. Se for confirmado envolvimento da CIA no ataque, com certeza, isso interferirá em eventuais contatos e negociações futuras".

Em 22 de fevereiro, invasores entraram na embaixada norte-coreana em Madri, fazendo equipe diplomática refém por horas e apreendendo computadores. Um dos funcionários conseguiu escapar e contatou a polícia.

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