Cientista propõe usar energia de buracos negros para viajar a outros sistemas estelares

Um investigador estadunidense afirmou ter encontrado uma maneira de viajar a outros sistemas estelares. Segundo o cientista, é possível fazê-lo usando a energia dos buracos negros.
Sputnik

Um dos problemas principais que impedem a realização de tais viagens é o combustível, já que as espaçonaves existentes não têm forças propulsoras adequadas para alcançar a velocidade necessária nessas distâncias.

No entanto, o professor David Kipping, da Universidade de Columbia, EUA, provavelmente resolveu o problema propondo usar a força de gravidade dos buracos negros para obter a energia necessária. O conceito, batizado de "Halo Drive" ("Motor Halo", em inglês), foi descrito em um artigo publicado em 11 de março.

O cientista ressaltou que os buracos negros binários possuem uma grande quantidade de energia que aparece em resultado de sua rotação. Ao mesmo tempo, atuam como "espelhos gigantes" que de fato podem refletir a energia que recebem.

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David Kipping propõe equipar as espaçonaves com "lasers de alta potência" que lançariam um raio de fótones aos buracos negros, alcançando os quais, o fluxo de partículas carregadas traria uma curva ao redor do objeto espacial, captando a energia adicional e representaria o aparelho.

Segundo o cientista, a realização desse conceito permitiria alcançar outros sistemas estelares sem necessidade de levar combustível. O portal Universe Today sublinhou, baseando-se em cálculos científicos, que na Via Láctea podem existir uns 100 milhões de buracos negros que "poderiam atuar como uma rede" para uma viagem interestelar.

Porém, o projeto ambicioso também enfrenta grandes obstáculos. Entre eles estão o fato de não existirem espaçonaves adequadas, bem como o risco de ser devoradas pelos próprios buracos negros. Além disso, para viajar usando essa fonte de energia é necessário encontrar um buraco negro que a possa fornecer.

"A viagem interestelar é uma das façanhas técnicas mais desafiantes que podemos imaginar", sublinhou Kipping.

O especialista disse que continuará trabalhando nessa ideia e que no próximo estudo tentará determinar como se poderia alcançar o buraco negro mais próximo para começar a partir de lá uma deslocação verdadeira.

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