Magistrados italianos lançaram uma investigação sobre o possível assassinato de uma dançarina que foi uma das principais testemunhas em um caso de prostituição contra o ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi.
Imane Fadil — uma modelo marroquina que alegou ter comparecido a oito das notórias festas "bunga bunga" — tinha 34 anos e morreu em um hospital de Milão em 1º de março depois de um "mês de agonia".
"Os médicos não identificaram com certeza nenhuma patologia que possa explicar a morte", disse à Reuters o procurador-geral de Milão, acrescentando que havia "várias anomalias" em suas amostras de sangue e registros médicos.
No entanto, de acordo com a agência de notícias italiana Ansa, testes toxicológicos revelaram que ela havia morrido de uma "mistura de substâncias radioativas".
Os investigadores dizem ter encontrado um livro que a modelo estava escrevendo sobre suas experiências.
Fadil testemunhou no julgamento de Berlusconi em 2012, quando o ex-premiê foi acusado de hospedar "festas de prostituição" em sua vila em Arcore, perto de Milão. Ela disse que as jovens vestidas de freiras haviam realizado stripteases para o político e receberiam ainda mais se concordassem em fazer sexo com o primeiro-ministro.
Inicialmente, ele foi considerado culpado e sentenciado a 7 anos de prisão, mas acabou sendo inocentado de todas as acusações por um tribunal de apelação que decidiu que, mesmo após ter feito sexo com Ruby, Berlusconi desconhecia a verdadeira idade da menina.
O ex-premiê enfrentou ainda, acusações de subornar testemunhas para mentir no julgamento da prostituição com menores de idade.