Anteriormente, Trump afirmou que a Rússia deve sair da Venezuela, acrescentando que todas as opções estão sendo avaliadas para alcançar este objetivo.
De acordo com o assessor do presidente russo, Yuri Ushakov, a colaboração entre a Rússia e Venezuela decorre no quadro de relações normais com o governo legítimo da Venezuela.
"Acho que Zakharova [a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia] disse bem: que sigam cumprindo tranquilamente suas obrigações quanto à Síria, e não se preocupem sobre isso [a Venezuela]. Tudo está sendo feito no âmbito de relações normais com um governo legítimo", disse Ushakov aos jornalistas quando perguntado para comentar a declaração do presidente norte-americano.
"O lado russo não violou nada, nem os compromissos internacionais, nem a legislação da Venezuela. A Rússia não mudou o equilíbrio de forças na região, a Rússia não está ameaçando ninguém, diferente de certas pessoas em Washington", afirmou a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.
Ela disse também é que preciso cessar a atividade provocativa do autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, já que este mina as bases das instituições do país sul-americano.
"Nós apoiamos o apelo a todos os países para que contribuam para a busca de soluções a fim de recuperar a ordem constitucional na Venezuela. Trata-se da suspensão da atividade provocadora do autoproclamado, do assim chamado presidente interino, que mina as bases normativas das instituições venezuelanas", assinalou.
"Quanto à presença dos especialistas russos, sublinho que se trata de uma colaboração técnico-militar. De forma alguma a presença militar russa tem a ver com a possibilidade de operações militares [na Venezuela]", disse.
Em 21 de janeiro, na Venezuela começaram protestos em massa contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, logo depois de ele assumir o segundo mandato presidencial. Em 23 de janeiro o líder da oposição do país, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente interino do país, tendo sido apoiado pelo Brasil, EUA e vários outros países. Maduro recebeu o apoio de tais países como a Rússia, México, China, Turquia, Indonésia e outros.