Moscou: França e Bélgica preparam provocação com armas químicas na Síria

O Ministério da Defesa da Rússia disse nesta sexta-feira (29) que terroristas, apoiados pelos serviços secretos da França e da Bélgica, estariam preparando uma provocação envolvendo armas químicas na província síria de Idlib.
Sputnik

Tal declaração foi feita pelo chefe do Centro Russo de Reconciliação na Síria, Viktor Kupchishin, em conversa com jornalistas.

"De acordo com dados obtidos pelo Centro Russo de Reconciliação na Síria, grupos armados ilegais que operam na zona de desescalada de Idlib estão preparando uma provocação para acusar a Força Aeroespacial da Rússia e as tropas do governo sírio de usar substâncias venenosas contra civis".

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A zona de desescalada de Idlib permanece sendo, possivelmente, o último reduto de terroristas e grupos rebeldes armados ilegais na Síria. Em setembro, os Estados garantidores Rússia e Turquia concordaram em estabelecer uma área desmilitarizada nessa província, a fim de impedir a permanência de armas pesadas e militantes. No entanto, combatentes, incluindo terroristas, que acabaram ficando na região seguem violando o cessar-fogo e atacando áreas próximas regularmente.

Ainda de acordo com Kupchishin, espiões belgas teriam gravado vídeos recentemente mostrando ataques aéreos russos contra depósitos de armas dos extremistas para utilizar as filmagens como "provas" do suposto uso de arma química.

"De 14 a 27 de março de 2019, os serviços especiais belgas filmaram ataques aéreos da Força Aeroespacial da Rússia aos depósitos de armas e locais de produção de drones dos militantes na zona de escalada de Idlib para usar os vídeos como 'prova' do uso de armas químicas", declarou ele.

Em 14 de abril de 2018, os Estados Unidos, a França e o Reino Unido lançaram mais de 100 mísseis contra vários alvos na Síria, justificando o ataque como uma medida de retaliação pelo suposto uso de armas químicas pelo governo de Assad contra civis sírios em Douma e que supostamente ocorreu em 7 de abril.

As autoridades sírias negaram as acusações, insistindo que o ataque foi encenado por grupos militantes para justificar uma possível intervenção estrangeira na Síria.

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