Sextou: mais uma sexta-feira de grandes protestos contra governo na Argélia

Milhares de manifestantes se reuniram, pela sexta vez consecutiva numa sexta-feira, para protestar contra o governo em várias cidades argelinas. A multidão exige que o governo implemente o artigo 7 da Constituição nacional, informou a agência El-Watan.
Sputnik

"O artigo 7 da Constituição [argelina] diz que as pessoas são a fonte de poder. Exigimos que o governo aplique este artigo, e não o Artigo 102. Este é o nosso país e nós temos o direito de decidir", um dos manifestantes disse, conforme citado pela agência de notícias argelina El-Watan.

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No início da semana, o oficial do Exército argelino, General Ahmed Gaid Salah, pediu ao governo que implementasse o Artigo 102, que permite ao Conselho Constitucional declarar a posição do presidente argelino como vago se o líder for incapaz de governar por motivos de saúde. Se o presidente argelino Abdelaziz Bouteflika for removido sob este artigo, o chefe do Senado Abdelkhader Bansallah assumirá como presidente interino até que uma eleição nacional seja realizada.

No entanto, de acordo com a mídia, os manifestantes estão exigindo, além da renúncia de Bouteflika, a renúncia de todos o governo argelino.

As forças policiais bloquearam as ruas que levam ao palácio presidencial e usaram canhões de água e gás lacrimogêneo contra a população, informou El-Watan.

A Argélia tem vivido uma onda de protestos contra o governo, desencadeada pelo plano de Bouteflika de buscar um quinto mandato. Em 11 de março, em meio aos protestos, Bouteflika retirou sua candidatura à reeleição e adiou a votação, marcada inicialmente para 18 de abril. No entanto, os protestos continuaram, com pessoas exigindo mudanças imediatas. Agora, uma conferência nacional, prevista para ocorrer em breve, decidirá sobre a data da eleição, de acordo com a liderança do país.

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