Ativista dos EUA suspeita que ninguém apareça nas ações de apoio a Guaidó na Venezuela

O codiretor do grupo ativista norte-americano Resistência Popular, Kevin Zeese, que visitou a Venezuela no início do mês com uma delegação do seu país, disse à Sputnik que um dos delegados que permanece no país latino-americano não tem conhecimento de nenhuma manifestação de apoio ao autoproclamado presidente Juan Guaidó.
Sputnik

Juan Guaidó, líder da oposição venezuelana e autoproclamado presidente interino da Venezuela, teria supostamente organizado "milhares" de manifestantes em cerca de 100 lugares de todo o país, informou o portal Efecto Cocuyo no sábado (30).

"Uma de nossas delegadas está na Venezuela e ela estava tentando ir a esses protestos, mas não conseguiu encontrá-los. Parece que ninguém está aparecendo para estes protestos. Então, Guaidó está perdendo poder ao se envolver com os EUA, ao chamar as tropas americanas, ao estar ligado a este terrorismo e ao ataque à rede elétrica, ele está perdendo poder. E, por outro lado, Nicolás Maduro está ganhando poder", disse Zeese.

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Juan Guaidó convocou protestos em massa para o dia 30 de março no início da semana para se preparar para a fase ativa de 6 de abril do que ele chamou de "ações táticas" de sua Operação Liberdade, destinada a expulsar Maduro. Guaidó disse que a oposição tinha formado comitês de ajuda e liberdade que tomariam parte da ação, mas não deu nenhum detalhe do que foi planejado.

No início de março, Zeese, juntamente com uma delegação de 13 membros do Conselho da Paz dos EUA, visitou a Venezuela para se inteirar da situação no país. A delegação reuniu-se com Maduro, com o ministro das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, com outros funcionários do governo, bem como com os líderes do Conselho de Direitos Humanos.

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Em janeiro, Guaidó se declarou presidente interino da Venezuela após contestar a vitória eleitoral de Maduro. Os EUA e 54 países reconheceram Guaidó como presidente e pediram a Maduro que se demitisse. Maduro, por sua vez, chamou Guaidó de marionete americana e acusou os EUA de tentarem orquestrar um golpe. A Rússia, China, Turquia, Cuba, Bolívia e vários outros países consideram Maduro como o único presidente legítimo da Venezuela.

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