Ele será investigado pelos crimes de discriminação e incitação à discriminação contra imigrantes venezuelanos.
Na semana passada, Lopez publicou uma declaração oficial em que anunciou um plano para declarar Huancayo uma cidade "livre de venezuelanos".
Ele argumentou que com essa medida pretendia combater "a crescente e descontrolada presença de cidadãos estrangeiros" que causava um "aumento na informalidade do trabalho, comércio de ambulantes e vandalismo".
Na quinta-feira, o Provedor de Justiça, órgão estatal encarregado de assegurar a proteção dos direitos das pessoas, rejeitou a iniciativa lembrando que o prefeito "deve respeitar os princípios constitucionais da igualdade e não discriminação".
Segundo ele, a legalidade de sua medida baseou-se em um decreto regional que exige que empresas privadas da região de Junín mais de 60% de seu pessoal sejam trabalhadores nativos daquela região.
Huancayo, com pouco mais de meio milhão de habitantes, é a capital de Junín, além de ser a cidade mais próxima da capital Lima.
Oscar Pérez, presidente da ONG União Venezuelana no Peru, disse à Sputnik estimar que 4 a 5 mil imigrantes venezuelanos vivem em Huancayo.
Ele também assegurou que seus compatriotas optam por viver na cidade por seu "custo de vida bem abaixo do que em Lima" e que casos de xenofobia são comuns.