O Supremo Conselho de Segurança Nacional disse que a decisão foi tomada depois que os EUA designaram o "Corpo Revolucionário da Guarda Islâmica do Irã" (IRGC) como uma "organização terrorista".
Em um comunicado divulgado pela agência oficial de notícias Irna, a ação de Washington foi considerada um "ato ilegal e tolo".
Como resposta, Teerã decidiu adotar ação similar contra Washington e incluiu o país na lista de Estados patrocinadores do terrorismo e classificou o Comando Central dos Estados Unidos, conhecida como CENTCOM, como terrorista.
"O IRGC, ao contrário da América e seus aliados regionais, que sempre apoiaram extremistas e grupos terroristas na região oeste da Ásia, têm estado sempre na linha da frente do combate ao terrorismo e ao extremismo na região", acrescentou o órgão iraniano.
O principal diplomata do Irã, Mohammad Javad Zarif, havia instado o presidente Hassan Rouhani a colocar as tropas do CENTCOM na lista de grupos terroristas de Teerã, informou seu ministério.
Zarif criticou a iniciativa dos EUA no Twitter, dizendo que ela foi programada para apoiar o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, antes das eleições que ele enfrentará na terça-feira.
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que a medida "reconhece a realidade de que o Irã não é apenas um Estado patrocinador do terrorismo".
"O IRGC é o principal meio do governo iraniano de dirigir e implementar sua campanha terrorista global", disse Trump em comunicado.
É a primeira vez que os Estados Unidos aplicam essa designação a parte de um governo estrangeiro, em vez de grupos guerrilheiros ou outras entidades informais.
A decisão segue a decisão de Trump de retirar os Estados Unidos do acordo nuclear iraniano.