Por que Rússia planeja equipar submarinos com 200 mísseis de cruzeiro Kalibr?

Segundo o vice-almirante Oleg Burtsev, a Rússia poderia equipar seus submarinos gigantes com centenas de mísseis Kalibr, Oniks e Tsirkon.
Sputnik

A Rússia já tem bastante experiência em modernização total de submarinos. No fim da década de 1960 três submarinos estratégicos do projeto Navaga 667 foram transformados em submarinos nucleares de ataque polivalentes. O quinto compartimento com lançadores de mísseis balísticos foi substituído por um novo, com oito tubos de torpedo. Os três navios integraram a Frota do Norte até aos anos 2000.

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Entretanto, o efeito da modernização dos Akula poderia ser ainda maior, revelam especialistas ao portal Military Watch Magazine. Equipados com cerca de 200 mísseis Kalibr, os submarinos são capazes de neutralizar um grupo de porta-aviões com todos os seus cruzadores e destróieres. A versão antissubmarino dos Kalibr atinge uma velocidade de 3 Mach (cerca de 3.579 quilômetros por hora) o que dificulta sua intercepção. Os mísseis podem ser direcionados a partir do submarino, bem como por designação externa, por exemplo, por aviões. 

Além disso, os Akula podem ser equipados com mísseis supersônicos Oniks e mísseis hipersônicos Tsirkon.

"Esse míssil [Tsirkon], muito mais rápido, manobrável e preciso, tornará o submarino em uma ameaça ainda mais séria para os navios inimigos. Ele permitirá realizar ataques a maiores distâncias, permitindo ao Akula ficar em uma posição relativamente segura frente ao ataque de resposta", revelou o portal.

Os EUA também estão modernizando sua frota submarina. Por exemplo, nos quatro submarinos nucleares americanos da classe Ohio foram retirados os mísseis balísticos Trident I e foram substituídos os lançadores de mísseis. Agora cada submarino modernizado pode carregar 154 mísseis Tomahawk.

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