Segundo o documento, divulgado na terça-feira (9) em Washington, as expectativas para a América Latina e Caribe também são inferiores ao anteriormente esperado, tanto para 2019 como para 2020.
As previsões de crescimento da região latino-americana é de 1,4% em 2019 e de 2,4% em 2020 — o que representa 0,6 e 0,1 pontos a menos, respectivamente, que as estimativas atualizadas em janeiro. De acordo com a organização, até 2018 a economia latino-americana cresceu 1%.
"A escalada de tensões comerciais entre os EUA e a China, as tensões macroeconômicas na Argentina e Turquia, as rupturas na indústria automobilística na Alemanha, o endurecimento das políticas de crédito na China e o agravamento da incerteza política em muitas economias contribuíram para um enfraquecimento significativo da expansão global", explica o informe.
Apesar da desaceleração econômica, o FMI se mostra otimista em relação a alguns países da América Latina. Isso devido ao desempenho "moderado" do Brasil e do México, mas, sobretudo pela estabilização e recuperação financeira" que espera para a Argentina e pelo crescimento acima da média que prevê para a Bolívia.
Embora a agência tenha melhorado as perspectivas do Brasil, este ano reduziu suas projeções, principalmente devido ao desequilíbrio fiscal. A previsão é de crescimento de 2,1% para este ano (uma redução de 0,4 pontos percentuais em relação à estimativa feita em janeiro) e de 2,5% para 2020 (aumento de 0,3 pontos percentuais).
Para o México, as perspectivas de crescimento se reduziram em 2019, com uma previsão de crescimento de 2,1% em janeiro, ficando agora em 1,6%. Em relação ao próximo ano, a organização prevê a mesma tendência descendente de 2,2 para 1,9%.
A Venezuela aguarda uma projeção econômica acima do esperado em relação às anteriores, com uma contração de 25% em 2019 e mais 10% em 2020. De acordo com a organização financeira, o país venezuelano está em meio a uma "crise humanitária" e sua situação é considerada um "peso considerável" para o resto das economias da região.
Quanto a Bolívia, as perspectivas estão acima da média regional, com projeção de crescimento de 4% neste ano e 3,9% em 2020.